quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Arbustus do Demo


É um dos projectos emblemáticos do concelho de Vila Nova de Paiva e, seguramente, um dos mais importantes e significativos entre os desenvolvidos nas últimas décadas. Sobretudo pelo seu carácter pluridisciplinar, abrangendo as áreas do ambiente, do lazer, do turismo, da cultura e até da ciência.
O Parque, onde se encontra reunido mais de um milhar de diferentes espécies botânicas, dispostas por famílias, usos etnobotânicos e industriais, propriedades medicinais e características aromáticas.está instalado nos terrenos do antigo Viveiro Florestal de Queiriga. Do abandono passou-se à reabilitação, em resultado de uma parceria no âmbito do Programa Interreg III B Sudoe, em que participam o Município de Vila Nova de Paiva e os promotores Beirambiente (Guarda), Espanha (Burgos) e França (Chaise Dieu).
Um espaço onde podem ser admiradas desde as pequenas briófitas às gigantescas Sequoia sempervirens, numa notável harmonia estética e ambiental. O Arbutus do Demo foi pensado e criado para responder de uma forma integrada, moderna e arrojada à procura de espaços de encontro entre motivos étnicos e técnicas artesanais. A estratégia assenta na reconstrução fiel da paisagem natural e antropogénica das terras altas do Paiva, num projecto de recuperação em que foi desejado e possível modernizar infra-estruturas no respeito pela história e passado do espaço, mantendo o sistema de águas residuais e de rega, as edificações originais e a estrutura arbórea.
A presença de uma linha de água com plantas autóctones, de um prado de aluvião natural e de um pequeno lago onde as espécies animais ripícolas se associem, asseguram alguns dos pólos de interesse do parque.O visitante encontra ainda algumas estruturas de apoio, desde uma sala de interpretação audiovisual, a um pequeno parque infantil, parque de merendas, cais para pesca e um parque astronómico.O pastoreio e a apicultura são actividades a desenvolver no âmbito do Parque e, com o objectivo bem definido de conferir maior visibilidade ao espaço e dinamizar a actividade dos artesãos locais, está prevista a produção e comercialização, na forma de merchandising, de produtos endógenos derivados da transformação de plantas, cogumelos e mel.